
Sempre tive uma relação muito íntima com o vento. Lembro-me que
quando criança gostava de subir nas serras e nas encostas do mar
para senti-lo mais intensamente. Adorava a forma como ele brincava
com meus cabelos e tocava meu rosto. Queria enxergá-lo. Os anos se
passaram e minha afinidade com ele só aumentou. Continuo sem
vê-lo é verdade. Mas o escuto sempre que preciso. Basta senti-lo
para muitas vezes me encontrar. O vento me mostra que estou vivo.
Que sou humano.
Nesse ponto acho que escolhi a cidade certa para este período
de férias prolongadas e de tantas mudanças. Devido aos fortes ventos
que sopram do Estreito de Cook, a cidade é
conhecida pelos neozelandeses como Windy Wellington (a
Wellington dos Ventos). Posso dizer que estou em casa. E com
um grande amigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário